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O bloqueio econômico contra Cuba foi a política adotada pelos governos dos Estados Unidos na tentativa de debilitar a Revolução Cubana até o ponto de - sem sucesso - arruiná-la. 

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Desde janeiro de 1959, com o triunfo da Revolução, o governo norte-americano foi pouco a pouco adotando medidas de rompimento diplomático e de isolamento econômico contra Cuba, até que o bloqueio foi implementado definitivamente pelo presidente John F. Kennedy em fevereiro de 1962 e desde então tais políticas foram recrudescidas ou abrandadas no decorrer dos anos de acordo com as circunstâncias históricas da Guerra Fria e dos impulsos estadunidenses de exercer a hegemonia politico-econômica internacional, através de leis criadas e aprovadas ao seu bel-prazer.

Imagem: Solidários a Cuba

De modo geral, o bloqueio impede Cuba de comercializar qualquer tipo de produto com os EUA e outros países do mundo, seja para exportação, seja para importação. Além de ser uma política desleal para com Cuba, em realidade, é também uma política de vassalagem que os EUA impõem a todos os países do mundo, que ficam proibidos de comercializar produtos com Cuba, sofrendo diversas sanções e punições caso desrespeitam tal imposição. Nesse sentido, o bloqueio é uma afronta à soberania nacional de todos os países do mundo, os quais perderam a liberdade de decidir por si próprios sobre seu comércio exterior junto a Cuba. 

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O bloqueio vem causando - há mais de 55 anos - restrições materiais incalculáveis ao pleno desenvolvimento de Cuba. Ele priva a população cubana de ter acesso até a artigos de primeira necessidade como alimentos, remédios, equipamentos médicos, combustíveis, etc. Ainda que os impactos negativos do bloqueio afetem a população cubana em todos os níveis, apesar dele, o país alcançou avanços sociais que o coloca no mesmo patamar de países de primeiro mundo (como nos âmbitos da saúde pública e educação), mas foi com esforços herculanos que a sociedade cubana atingiu essas conquistas, pois teve (e tem) que lutar em condições de extrema escassez de materiais.

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Essa política de estrangulamento econômico dos EUA contra Cuba comprometeu o cotidiano do povo cubano com ainda mais violência depois que a ilha perdeu as parcerias diplomáticas e econômicas que mantinha com o bloco de países socialistas da Europa Oriental e com a União Soviética, na ocasião da sua dissolução em 1989. Por essa razão, a primeira metade da década de 1990 foi chamada de Período Especial, quando faltou tudo em Cuba e a sociedade teve que se reinventar para sobreviver sem abrir mão de sua soberania, conquistada com muita luta 30 anos antes.

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Desde 1992, Cuba apresenta anualmente à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas uma resolução intitulada "Necessidade de por fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba", a qual já foi aprovada por maioria absoluta inúmeras vezes, mas as resoluções aprovadas na ONU são consideradas recomendações, não tem caráter obrigatório e a própria organização não tem meios de fazer-se cumprir tais resoluções. Valendo-se dessa flexibilidade, os EUA continuam desrespeitando a resolução aprovada por todos os países representados na ONU e mantem sua politica de vassalagem a que submetem toda a comunidade internacional no que diz respeito ao comércio com Cuba.

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Abaixo está o quadro que resume os resultados das votações na ONU de 1992 a 2017. Como se vê, desde 2013 somente os EUA (e seu 51o. estado, Israel) se opõem ao fim do bloqueio contra Cuba, no entanto, os outros 190 membros da ONU simplesmente continuam a assistir à insubordinação norte-americana à decisão do resto do mundo.

Fonte: EcuRed, Bloqueo Economico contra Cuba

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