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Emitir opinião e julgamentos sobre Cuba desconhecendo sua história secular de lutas é vazio de sentido.

É verdade que não nos foi dada a opção de conhecer Cuba por si própria. Não somente devido à fúria imperialista  do Estado norte-americano, que tratou de ser porta-voz demonizador das transformações realizadas em Cuba. Mas também porque a Revolução Cubana subverteu a ordem histórica frontalmente.

 

A dita história oficial sempre foi a história de dominação dos povos do hemisfério norte sobre os povos do hemisfério sul, foi contada sob o ponto de vista dos colonizadores e neo-colonizadores. Quem ouviu o ponto de vista dos africanos escravizados nas Américas? Quem conheceu a perspectiva dos povos nativos subjugados e dizimados pelos ingleses na América do Norte? E dos aborígenes na Austrália? E os indígenas exterminados pelos espanhóis na América Central e do Sul? E pelos portugueses no Brasil? Como podemos considerar que conhecemos a história da humanidade? Como seria possível, então, saber a história de um povo de uma ilha antilhana - contada por eles - que primeiro libertou-se de seus colonizadores europeus e mais tarde de seus neo-colonizadores norte-americanos? Esta brutal inversão de relações de poder é uma afronta à história oficial. 

De minha parte, sempre admirei Cuba sem mesmo sabê-la. Ser um país socialista "bem embaixo do nariz" da maior potência capitalista do mundo era a única e definitiva referência que embasava minha simpatia.

Felizmente, a participação na XXV Brigada Sul-Americana de Solidariedade a Cuba me levou a uma vivência na ilha e me fez mergulhar em leitura, estudo e pesquisa para compreender a complexidade de sua história e o heroísmo de suas conquistas.

Ainda estou estudando, por isso, esta página História é - de início - sintética. Conforme avançar em meus conhecimentos, novas versões desta página serão atualizadas.

Portanto, para compreender Cuba é preciso saber o mínimo sobre sua história, com o que tento colaborar  (ainda baseada apenas na leitura de Cuba Y su Historia; F.L Civeira, O.L. Vega e A. S. León; 2004; Editorial Felix Varela; Havana) nesta seção que divido - sem critério científico algum - em cinco partes: Colônia, Neo-colônia, Pré-Revolução, Revolução, Pós-Revolução.

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