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Visitei o Museu da Revolução juntamente com a delegação da XXV Brigada Sul-Americana de Solidariedade a Cuba, mas o descrevo aqui por estar localizado em Havana.

Sua edificação data de 1909, quando foi construído para abrigar a nova sede do governo provincial. Depois de ter sido também o Palácio Presidencial por várias décadas, foi convertido em Museu da Revolução em 1974.

Explorar o museu e aprender tudo que suas trinta salas ensinam pode levar muitas horas. Nossa visita não foi tão longa assim, mas pude ter uma visão geral sobre seus conteúdos desde a Cuba colonial.

Dentre seu vasto acervo, destaco aquilo que mais me chamou atenção. O que, aliás, não é exatamente um item histórico, mas sim, uma leitura artística, irônica, sarcástica e genial sobre os principais algozes do povo cubano, no contexto da Revolução de 1959. Por descuido, não me preocupei em identificar o autor da obra, mas registrei seu efeito geral, para a qual se dispensa comentários ou legendas por ser, simplesmente, irretocável:

Não seja um/a desavisado/a como eu fui. Atrás do Museu da Revolução, encontra-se seu anexo, o Memorial Granma, aberto somente até 17:00 horas.

Depois do Assalto ao Quartel Moncada (em 1953), a Expedição Granma (em 1956) é o segundo evento mais importante até o triunfo da Revolução Cubana.

Após já ter o médico argentino Ernesto Che Guevara como seu aliado, a quem conheceu no exílio no México, o jovem Fidel Castro organizou a expedição no Yate Granma levando 82 guerrilheiros já treinados para a luta armada que se iniciaria a partir do desembarque no Oriente de Cuba.

O yate Granma ("vovózinha" em inglês falado; e também nome de uma deusa pagã na tradição religiosa afro-cubana) foi adquirido de uma empresa norte-americana pelo Movimento 26 de julho por 25 mil dólares em outubro de 1956. Tinha capacidade para cerca de 25 pessoas, mas nele embarcaram - voluntariamente - 82 expedicionários: Fidel Castro, Che Guevara, Raul Castro e Camilo Cienfuegos dentre eles.

 

Partiram da foz do Rio Tuxpan, no México, em 25 de novembro de 1956. O mal tempo estendeu a viagem até 02 de dezembro, quando desembarcaram - com dificuldade - após encalharem num mangue de Los Cayuelos, a dois quilômetros da praia Las Coloradas. Quando chegaram em terra firme, 8 expedicionários já haviam se extraviado. Dali em diante, segue-se o longo capítulo de dois anos da luta armada em Sierra Maestra na história da Revolução Cubana.

 

O memorial, além de guardar o yate, é mais uma oportunidade de conhecer esse importante episódio da Revolução.

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