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Revolução

1953-1959

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Foto:  in Martin López-Ávalos

Percorrer os caminhos da XXV Brigada Sul-Americana de Solidariedade a Cuba através da leitura de meus relatos neste website é uma maneira mais agradável de conhecer os episódios da Revolução Cubana de 1959. Mas de qualquer maneira, faço aqui um resumo muitíssimo sucinto sobre esse período para evitar a fadiga do leitor.

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1953 era o ano do centenário do nascimento de José Marti, mentor intelectual das Guerras de Independência do final do século XIX e que morrera em batalha em maio de 1895, tornando-se por tudo isso o herói nacional de Cuba.

 

Seu pensamento independentista e anti-imperialista foi a orientação ideológica para a chamada Geração do Centenário, um grupo de jovens cubanos liderados pelo recém-formado advogado Fidel Castro que organizou a primeira de muitas ações que tinha como objetivo derrubar o governo ditador de Fulgêncio Batista, libertar-se do jugo neo-colonizador dos Estados Unidos e realizar as transformações que a sociedade cubana necessitava e ansiava para erradicar a miséria da maioria da população. 

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Formado na Universidade de La Habana, o líder dessa Geração, Fidel Castro, era um experiente militante do movimento estudantil, que já tinha até passagem pela prisão devido às suas ações subversivas e envolvimento político no cenário habanero. 

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A ação inicial planejada pelo grupo visava desencadear a luta armada necessária para atingir as metas libertárias pendentes desde as Guerras de Independência. Assim, o grupo organizou-se para realizar assaltos simultâneos aos quarteis militares Moncada (em Santiago de Cuba) e Carlos Manuel de Céspedes (em Bayamo) em 26 de julho de 1953. O grupo organizado para os assaltos reunia 21 revolucionários em Bayamo e 131 em Santiago de Cuba. Apesar das preparações realizadas, a ação foi frustrada por um elemento surpresa e os militares de ambos os quartéis reagiram aos ataques, nos tiroteios que se seguiram, muitos revolucionários foram mortos não somente no dia 26 como também nas perseguições, prisões e torturas que aconteceram nos dias que se seguiram.

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Dos revolucionários sobreviventes, todos foram presos, julgados e condenados a até 15 anos de prisão. Dentre eles, estavam os irmãos Fidel e Raul Castro. Ambos cumpriram pena no Presídio da Ilha de Pinos e por clamor popular foram anistiados dois anos depois. Liberto, Fidel Castro não vê condições para a ação revolucionária naquele período, exilando-se no México em 1955. Lá deu continuidade às suas atividades políticas e fundou o Movimento Revolucionário 26 de Julio (M-26-7, em referência à data dos assaltos aos quartéis em 1953). Também no México conheceu o médico argentino Ernesto Che Guevara, que tinhas fortes aspirações revolucionárias. 

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Planejaram e deram andamento a uma nova estratégia de início da luta armada pela libertação cubana: a expedição do Yate Granma. Nesta embarcação adquirida com recursos financeiros do M-26-7, em dezembro de 1956, partiram 82 expedicionários em direção ao Oriente de Cuba, onde desembarcaram enfrentando muitas dificuldades físicas de terreno, o que causou a perda de 8 expedicionários. Além de Fidel Castro, Che Guevara, Raul Castro e Camilo Cienfuegos e outros revolucionários chegaram em terra firme prontos a dar continuidade aos planos de guerrilha e seguir pela Sierra Maestra arregimentando mais apoio, o que foi conseguido com muitos camponeses e trabalhadores da região. 

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Na Sierra Maestra foi se fortalecendo e treinando o Exército Rebelde, que reunia cada vez mais membros descontentes com o contexto sócio-político-econômico de Cuba. O Exército foi avançando, vencendo batalhas contra as tropas de militares do governo Fulgêncio Batista, como as Batalhas de Jigüe e de Guisa.

 

Finalmente, 25 meses depois do desembarque do Yate Granma, muito mais fortalecido por apoio popular, o Exército Rebelde alcança seus alvos finais e com os esforços de seus guerrilheiros, triunfa em 01 de janeiro de 1959, quando o general Fulgêncio Batista foge para a República Dominicana e, por diferentes frentes, o Exército Rebelde toma as cidades de Santa Clara, Santiago de Cuba e a capital Havana, concluindo-se assim a Guerra de Libertação de Cuba, encerrando mais de 450 anos de história de colonização e neo-colonização. Enfim, Cuba livre.

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